sexta-feira, 12 de março de 2010

Títulos

Por traz daquele sujeito,

Que me chamou de doutor.

Há um quê de ser influente,

Há um quê de superior.

Na alma daquele sujeito,

Existe uma porta absurda.

Que abre ou será fechada.

Conforme o cargo que se ocupa.

Se em sua loja chegar,

Almirante, auditor, coronel,

De pronto servirá logo.

O seu mais gostoso pastel.

Se um mesmo cidadão desses,

Chegar sem seu distintivo,

O lojista será um doutor,

A expulsar o maltrapilho.


Gonçalo Ribeiro de Melo Neto.

Aracaju, 01 de abril de 2008.

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